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Resenha: CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos.

 

Livro:               A Ciência através dos tempos.

Autor:              Prof. Attico Chassot.

 

Resenha por:    Gerson Anderson de Carvalho Lopes

 

            Há quatro anos, em 2019, eu estava na UEAP, em Macapá, quando recebíamos o professor Attico Chassot que ministraria uma palestra intitulada “Assestando óculos para olhar o mundo” e também um minicurso de História e Filosofia da Ciência. Essa visita foi divulgada por vários veículos de imprensa locais (1) e relatada pelo próprio professor Chassot em seu blog (2). Vários amigos professores, entre eles Ramon, Luana e Gerlany, estavam entre os organizadores do evento e acompanhavam o mestre Chassot na sua chegada e saída da Universidade, e demais locais pela cidade. Na saída do auditório, após o minicurso e sessão de autógrafos, eu estava no Hall quando, ao passar por mim, o professor Ramon que acompanhava o professor Chassot, fê-lo parar e disse: “Esse é o Gerson, nosso técnico de física e um grande admirador da história da ciência”. O professor virou para mim e eu, empolgado, comentei: “Sim professor, é verdade. Desde 2015 eu organizo um evento chamado Ciclo de História da Ciência”. Na mesma hora, o mestre Chassot disse: “Então você conhece o meu ‘A Ciência através dos tempos’?”. Eu então respondi “Sim, está entre as minhas referências”. Logo após isso, tivemos de nos despedir, pois o professor iria ser levado ao restaurante ou ao hotel. Foi o único diálogo que tivemos.

            A resposta que dei (“Sim, está entre as minhas referências”) veio com certo travamento na garganta. Não posso dizer que eu tenha corado apenas porque isso o meu tom de pele não permite. A razão para essa pequena hesitação ao responder ao professor foi que, à época, eu conhecia o livro superficialmente. De fato, eu já o tinha consultado na biblioteca da UEAP desde quando cursei a disciplina de História da Química, ministrada pelo professor Daímio Chaves Brito. Também tive contato com outras obras do professor Chassot, pois na época do final de minha graduação eu estava lendo muito sobre educação, e volta e meia o tema da alfabetização científica (título de outro dos livros de Chassot) surgia em meus diálogos com colegas, alguns dos quais escolheram esse tema para seu TCC. Lembro também da resenha que Chassot escreveu sobre o Livro Pequena História da Química de Juergen Maar, um dos principais que usei no meu TCC entre 2011 e 2012. Porém eu não tinha lido o livro por completo.

            Esse ano eu decidi retomar a gravação de vídeos para uma playlist de História e Epistemologia da Física (3) no Youtube, que iniciei em 2021 quando fui professor substituto na UNIFAP. Para tal, decidi ampliar as referências bibliográficas e, com isso, acabei por encontrar-me novamente com a obra “A Ciência através dos tempos”, que agora resenho. A versão que li é a 2ª edição reformulada, da Editora Moderna, de 2004 e atualizada em 2011. O livro foi emprestado na Biblioteca Municipal Euclides da Cunha, em São Carlos-SP.

            Trata-se, como o próprio professor adverte na introdução, de uma viagem rápida por trinta séculos de história. Longe de tentar esgotar o assunto ou discuti-lo em suas minúcias e diversas vertentes, a ideia do livro é dar uma visão geral ao leitor sobre essa atividade humana tão essencial: a Ciência. O professor explica que a leitura desse livro é como uma viagem de trinta dias em que o viajante conhece vários países, que vai lhe proporcionar grande aproveitamento e aprendizagem, porém é diferente de uma viagem em que o turista se limitasse a Paris, por exemplo, por dois meses.

            Em 13 capítulos, o autor discorre sobre a ciência desde sua aurora, lá entre os egípcios, mesopotâmios, fenícios, hebreus, hindus e chineses, até o século XXI, com as discussões sobre a engenharia genética e suas modernas implicações éticas. Chassot, sendo químico, soube magistralmente passear pela astronomia, matemática, física, medicina, biologia e até mesmo política, economia e psicanálise nessas quase 300 páginas. Fica claro no estilo de escrita do autor que este nunca pretendeu apenas trazer fatos e cronologias, um relato “impessoal”, na medida em que isso fosse possível, porém antes, sua intenção foi de fazer uma discussão da história da ciência, através de um olhar crítico, pois a história da ciência contada por Chassot não é isenta de opinião em diversos momentos. O glossário, as notas de rodapé e os parágrafos de final de capítulo, escritos em itálico, além de acrescentar informações, dão um tom de conversa, que enriquece a leitura.

            O autor se preocupa em diminuir o eurocentrismo presente em obras do mesmo tipo, através da inclusão de um capítulo sobre a ciência dos povos americanos pré-colonização, bem como a expansão do capítulo sobre a ciência árabe e as já mencionadas referências a hindus e chineses no primeiro capítulo. Também em vários momentos o autor traz à tona a discussão sobre o papel da mulher na história da ciência, como a elas foi negado participar da atividade científica e como é importante repensar e mudar isso na era atual.

            Nas discussões da história da ciência desde a era greco-romana, idade medieval europeia, renascentismo e iluminismo por exemplo, é abordada a relação ciência e religião e como uma afetou e afeta o progresso da outra. Também está nítida a discussão, principalmente ao abordar a revolução industrial, do caráter social e econômico da ciência ao influenciar as relações de trabalho e o modo de vida das populações em diversos países. Outro tópico discutido é o de como, apesar de a ciência ter propiciado inúmeros benefícios à humanidade, ela também foi utilizada para fabricar armas que culminaram em alguns dos capítulos mais sangrentos da história, atribuindo, portanto, um caráter dual e não neutro à ciência, mostrando que ela também está sujeita aos interesses de indivíduos e grupos, o que levanta questões de natureza moral acerca do conhecimento.

            É importante ainda, notar, as relações que o autor faz com a ciência no Brasil, dizendo por exemplo quando obras como as de Newton, Lavoisier e Darwin chegaram ao Brasil (em geral bem tardiamente) e ainda dedicando uma parte do último capítulo a listar fontes ricas de informação sobre a ciência brasileira. Somado a isso, no último capítulo o autor dedica espaço a falar dos saberes populares, tão esquecidos nos textos acadêmicos e muitas vezes desvalorizados pelos cientistas. Esses saberes populares presentes nos mais diversos locais e relacionados aos mais diversos campos (que incluem a medicina, meteorologia, botânica, construção etc.) precisam de um novo olhar, mais atento, preocupado antes em estabelecer pontes com o conhecimento científico do que em levantar muralhas.

            Acredito ser este um excelente livro para o estudante ou professor interessado em ter um panorama científico ao longo da história que, apesar de seu não extenso volume, não cai no problema da superficialidade. Ao contrário, é uma obra profundamente reflexiva, que discute mais do que relata a própria história e instiga o leitor a buscar mais em outras fontes, que inclusive o próprio autor indica. Certamente, uma leitura proveitosa.

 

1 https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/cidades/professor-ha-59-anos-attico-chassot-da-palestra-na-ueap/

2 https://mestrechassot.blogspot.com/2019/08/

3 https://youtube.com/playlist?list=PL02omTgcXxGEHp5x_jDKMWKukZkTgWmuj&si=NXKQxz_Ouevvcm7j

 

São Carlos, 16 de outubro de 2023.

 

 

Resumo do conteúdo do livro:

 

Marco zero: na aurora do conhecimento

 

            Inicia-se falando da pré-história, de como o homem passou a usar materiais como madeira e pedra como ferramentas, materiais para pintura e da descoberta do fogo. Passa-se ao Egito em que já havia medicina, matemática, metalurgia, agricultura e astronomia. Na mesopotâmia, desenvolveu-se, sobretudo, a matemática e os calendários. Os fenícios introduziram o alfabeto. Comenta-se brevemente sobre os hebreus. Na Índia, formulou-se um primitivo princípio físico de descontinuidade e de atomismo. A aritmética se desenvolveu. Na China, além de uma profunda filosofia, desenvolveu-se vários avanços práticos em ótica, desenvolvimento de tecidos e relógios.

 

Com os gregos, o conhecimento se estrutura

 

            Tales, Anaxímenes e Anaximandro de Mileto estavam interessados em descobrir qual a substância fundamental do universo. Heráclito de Éfeso falava da importância do fogo e das transformações. Pitágoras criou uma escola místico-matemática que pregava a realidade dos números e o dualismo na natureza. Parmênides e Zenão de Eléia, por sua vez, criticavam o dualismo e diziam que o único que existe é o Ser, imutável e eterno. Leucipo e Demócrito foram os primeiros atomistas. Anáxágoras foi perseguido em Atenas por negar que o Sol e a Lua eram divindades. Empédocles estabeleceu quatro elementos fundamentais, e não um. Sócrates floresce em Atenas e estabelece-se uma disputa com os Sofistas. Na Academia de Platão não se admitia “quem não soubesse geometria”. Estabeleceu a doutrina dos 5 sólidos perfeitos. Hipócrates desenvolve grandemente a medicina. Aristóteles sistematiza todas as ciências de seu tempo e dá importância às ciências naturais. Com o domínio macedônico a Grécia perde a independência política.

 

A ciência helenística e a romana: o começo da era cristã.

 

            O helenismo vai desde o império de Alexandre até a conquista do Egito pelos romanos. Alexandria passa a ser a metrópole do conhecimento. Com a morte de Alexandre o Império é divido e a dinastia dos Ptolomeus acontece no Egito. Nasce a biblioteca de Alexandria. Euclides escreve os Elementos, maior obra de geometria até o século XIX. Arquimedes faz avanços na matemática, mecânica e hidrostática. Apolônio de Perga estuda as seções cônicas. A medicina avança em Alexandria devido à dissecação de corpos. A astronomia avança com Eratóstenes, que calcula a circunferência da Terra. Hiparco de Niceia faz medições da distância da Terra ao Sol e à Lua. Hipátia, filósofa e matemática, diretora da biblioteca, fez contribuições no estudo das cônicas e na astronomia. Foi assassinada por fanáticos cristãos, religião que começava a crescer naquela época. Os romanos se expandem a conquistam Alexandria. Vários enciclopedistas surgem em Roma, mas poucos avanços originais na ciência teórica. Os romanos se dedicaram à construção de monumentos, templos, palácios, estradas, aquedutos, pontes etc. Roma floresceu até o século V, quando os bárbaros invadem e fragmentam o Império Romano do Ocidente. O Império Romano do Oriente, sob o nome de Império Bizantino sobrevive até a Idade Média (1453), quando os Turcos-Otomanos tomam sua capital Constantinopla.

 

Os árabes: plagiadores ou criadores?

 

            Primeiramente aborda-se um pouco da ciência chinesa e hindu. No século VII os Chineses conheciam o valor de . A cartografia chinesa era adiantada. A bússola foi inventada e a astronomia progrediu. Possuíam uma teoria da constituição da matéria por cinco elementos. A matemática hindu, por sua vez, progrediu devido à numeração decimal. Os árabes posteriormente desenvolveram o sistema de numeração hindu. A medicina na Índia desenvolveu-se com especial foco nas questões de higiene. Os árabes contribuíram significativamente para o avanço da ciência. Expandiram-se após o surgimento de Maomé e absorveram conhecimento de outros povos. Surgiram diversos filósofos, astrônomos e matemáticos. A Alquimia desenvolveu-se com Avicena, Al-Jabr e Al-Razi. Vários métodos e técnicas práticas de laboratório surgiram.

 

Uma história da ciência latino-americana determina outro marco zero

 

            Na região andina já se praticava agricultura em cerca de 4.000 a.C. A arquitetura e engenharia desenvolveram-se de modo impressionante com grandes muralhas de enormes blocos de perda perfeitamente encaixados. Na medicina, cirurgias cranianas já eram praticadas. Na matemática, utilizavam-se os quipus como sistema de contagem. Desenvolveram metalurgia e astronomia. O fim do capítulo é dedicado a uma discussão sobre o desconhecimento da ciência dos indígenas brasileiros.

 

Idade Média: noite dos mil anos ou...?

 

            Na Europa, conhecimento ficou restrito às dependências da Igreja. Santo Agostinho e São Jerônimo foram alguns intelectuais desse período. Em seguida houve o período da construção de grandes catedrais, em que conhecimentos matemáticos sofisticados e de engenharia foram aplicados. Durante as cruzadas, há uma troca de conhecimento entre o mundo europeu e o mundo árabe, que vivia uma fase esplendorosa de conhecimento. Alberto Magno, conhecedor dos clássicos como Platão e Aristóteles, destacou-se como sábio do período. Seu aluno São Tomás de Aquino buscou conciliar a filosofia grega com a doutrina cristã. Roger Bacon, ao contrário dos escolásticos que eram livrescos, atribui importância à experimentação. Desenvolve-se uma alquimia medieval com Raimundo Lúlio e Arnaldo de Villanova. Paracelso cria a Iatroquímica, que reunia alquimia, medicina e metalurgia. Surgem as Universidades em vários países da Europa, no início ligadas à Igreja, mas aos poucos foram desenvolvendo um pensamento pretensamente livre.

 

O Renascimento: uma nova aurora.

 

            No século XVI ocorre a Reforma, que representou uma ruptura com o poder da Igreja, antes inquestionável. A Imprensa significou outro grande marco, a difusão de conhecimento aumentou. Surgem grandes expressões nas ciências e nas artes, com personagens de peso como Leonardo da Vinci.

 

Século XVII: a ciência moderna adquire status.

 

            Copérnico observa por décadas o céu e desenvolve um modelo heliocêntrico, contrariando a Igreja. Giordano Bruno, Tycho Brahe e Johannes Kepler aderiram às Ideias de Copérnico. Bruno foi queimado na fogueira. Kepler desenvolve suas três leis. Galileu Galilei faz importantes descobertas sobre a aceleração e a queda dos corpos. Também sofreu sanções da Igreja por defender as Ideias de Copérnico. Fez ainda observações do céu com o telescópio. Francis Bacon e René Descartes desenvolvem o método científico. Isaac Newton formula as três leis do movimento, o cálculo diferencial, em paralelo com Leibiniz, a teoria da gravitação universal e a óptica. Nesse período também ocorria a Inquisição, ação da igreja para coibir ações que julgavam heréticas. Muitas mulheres foram queimadas acusadas de bruxaria.

 

Século XVIII: o século das luzes.

 

            A enciclopédia surge como símbolo do iluminismo. Diderot comandou um esforço de milhares de cientistas para reunir o saber humano sobre as mais diversas artes e ciências. Robert Boyle fornece a primeira definição de elemento químico. Lavoisier propõe uma linguagem única para a química, faz uma lista dos elementos conhecidos, explica o fenômeno da combustão e se opõe à teoria do flogisto. Há várias páginas dedicadas à atividade de Lavoisier com a cobrança de impostos e a relação disso com a Revolução Francesa, o que ocasionou sua morte. A Revolução Industrial se inicia na Inglaterra e modifica para sempre as relações de trabalho e a sociedade. O trabalho de John Watt sobre a energia se destaca.

 

Século XIX: a ciência se consolida.

 

            Diversos avanços ocorrem na química: Dalton retoma o atomismo, surgem a eletroquímica e a química orgânica, desenvolve-se a tabela periódica com Mendeleev, abandona-se a teoria do flogisto, adota-se a linguagem universal de Lavoisier e ocorre o congresso de Karlshure. Surge, também, a indústria química. Na física o campo de eletricidade avança fortemente com Coulomb, Galvani, Faraday, Maxwell, Ampère, Oersted, Ohm, entre outros. A biologia passa por uma grade revolução com o trabalho de Charles Darwin, que resultou na publicação de “A Origem das Espécies”. No campo da política e economia, surge Karl Marx, que estabelece profunda crítica ao capitalismo e estabelece uma corrente de pensamento que seria crucial na história do século XX.

 

Uma virada de século excepcional: 1900 +/- 5 anos.

 

            Nos fins do século XIX descobrem-se os raios-X e a radioatividade. O casal Marie e Pierre Curie, estudando a radioatividade, descobrem dois novos elementos. O brasileiro Alberto Santos Dumont faz o primeiro voo tripulado e controlado. Descobertas como a do elétron e a do núcleo atômico mudam a física e a química. Rutherford rediscute a ideia de transmutação. Einstein publica seus trabalhos fundamentais em 1905 sobre o movimento browniano, o efeito fotoelétrico e a teoria da relatividade. Planck cria a hipótese dos quanta.

 

Século XX: a ciência faz maravilhas.

 

            Desenvolve-se o meio de transporte aéreo e as telecomunicações. Bohr evolui o modelo atômico de Rutherford e une a física atômica à Espectroscopia. Heisenberg, Schroedinger e vários outros cientistas fundam a mecânica quântica. Paul Dirac prevê a antimatéria, depois detectadas por C. Anderson na Califórnia. A física de partículas avança e o brasileiro César Lattes participa da descoberta do méson pi. O mundo passa por duas guerras e desenvolve-se a bomba atômica. A biologia no século XX se aproxima cada vez mais da química. Cresce a biologia molecular. Desenvolve-se também a genética e a clonagem. O século XX também teve grandes avanços na astronomia com os telescópios espaciais e foi o século da corrida espacial. No campo da psicanálise, merece destaque Sigmund Freud, que mudou a maneira de encarar a mente humana, atribuindo significado aos sonhos, estudando a sexualidade infantil, hipnose, o poder do inconsciente sobre o consciente e até mesmo chegando afirmar que as neuroses são estados psicológicos e não doenças no sentido clássico do termo. O século XX também foi o século dos prêmios Nobel.

 

... e agora, século XXI.

 

            Discute-se agora as incertezas na ciência, ao contrário da ciência até o século XIX que visava certezas e verdades rígidas. A ciência se torna mais holística, saindo das especificidades e indo para os campos mais amplas, abarcando questões ambientais, sociais, políticas e históricas. Revisita-se os saberes populares e como eles se relacionam com o saber científico. A ciência no Brasil está se desenvolvendo e já se faz pesquisa de ponta nas universidades, porém ainda há um longo caminho a se percorrer no sentido de fazer com que a ciência se aproxime da sociedade e as pesquisas se dediquem a solucionar os problemas da população. Cada vez mais discutem-se questões éticas na ciência, por exemplo no campo da modificação genética de alimentos e da já mencionada clonagem. O autor finaliza instigando o leitor a aproveitar e viver os próximos capítulos e a aplicar a ciência que foi desenvolvida nesses três milênios para uma vida humana mais digna.

 


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